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Lições do livro "Legado" de James Kerr - sobre os All Blacks



- Não foque no resultado. Foque no process... Também não! Foque no TIME. Nos valores.


A racionalização de focar apenas na recompensa não supera os valores de comprometimento, coragem e disciplina. É preciso cultivar esses valores para obter, no futuro, um ótimo resultado.


- Todo ethos organizacional deve ser baseado em princípios simples e facilmente memorizáveis.


Quanto mais simples forem os princípios de uma organização, mais fácil será para as pessoas assimilá-los e colocá-los em prática. Há muita sabedoria na simplicidade.


- “A habilidade está em fazer perguntas” – Provérbio Maori.


Quando há dúvidas, é fundamental questionar e estabelecer uma comunicação eficiente. A alma de qualquer equipe está na comunicação. Os jogadores não podem ter timidez nesse quesito. Eles devem expor dúvidas e compreender o processo do treinamento.


- As 4 etapas das mudanças:

1) Proposta

2) Futuro sedutor

3) Disciplina

4) Plano tangível


A maioria das pessoas oscila do 1 pro 2, do 2 para o 1. Essa é a parte "cheirosa" de qualquer projeto. Quando é pra colocar a mão na massa (passo 3), começa a ficar difícil. Sobre o item 4, o plano tangível: segundo a “self-determination theory”, apresentar competência é um fator de aderência. Se você escolhe um trabalho muito fácil, não se sente competente. Se escolhe muito difícil, se sente incompetente. Importante não dar passos maior que as pernas para aumentar sua motivação! (Sim, ela também é importante, não apenas a disciplina).


- Tome decisões rápidas para desorientar o adversário (extraído do Science of Victory do Alexander Suvorov)


Esse livro do Suvorov é bem interessante. Tem uns conceitos centrais utilizados em guerras, como Hystrota, Glazometer e Natiski. O glazometer se refere a essa técnica de rapidez na execução. Dar muito tempo para o adversário compreender o que você está pensando é um grande erro. Nisso os jogadores dos allblacks eram peritos: as jogadas possuíam nomes em maori e um diferencial da equipe é que praticamente todo jogador sabia muito bem todas as jogadas.


- Crie senso de comunidade: Ubuntu.


Palavra de origem na África subsaariana, foi utilizada (há um doc no Netflix sobre) pelo Doc Rivers no comando do Boston Celtics no último título deles, com aquele grande trio – Garnett, Pierce e Allen. É pensar em cada ato seu afetando não só quem está próximo, mas a comunidade como um todo. Quando cada indivíduo sai do próprio ego e luta por algo maior que si, ganha força. O principal, numa equipe, é formar pessoas com esses valores.


- “É melhor ter mil inimigos do lado de fora da tenda do que um dentro”


Essa frase não se refere apenas a alguém próximo de você – é mais uma crítica a si mesmo. Pessoas que sabotam a si mesmas oferecem mais perigos que inimigos. Se não tem inimigos, elas criam por conta própria empecilhos.


- Sem páthos, não há ação.


A estrutura dos allblacks cobre os conceitos aristotélicos de ethos, logos e páthos – os 3 são essenciais para fundamentar ações. Se não há paixão pelo esporte e pela equipe, como cobrar e extrair o máximo possível? Quando cada atleta estuda a história da equipe, se envolve, cria amor pela camisa, a raça e dedicação surgem, naturalmente. Só racionalizar não basta, tem que criar sentimento pelo time.

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