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Medir = Melhorar


Na ciência, uma verdade é medida pela precisão do instrumento de medição utilizado. Há instrumentos que geram incertezas, outros são padrão-ouro e mais confiáveis.


O que não possui validade alguma é a percepção humana, que é bem falha.

Treinadores e atletas que não medem número de sets, lifts, % da RM trabalhada, frequência semanal dentre muitas outras variáveis correm um risco de:


1. Não produzir melhora alguma

2. Até melhorar, mas não entender o que deu certo para repetir no futuro.


Algumas variáveis são realmente difíceis de monitorar. Nem todo mundo, por exemplo, tem condições de comprar um equipamento para medição da glicose sanguínea em intervalos de 3 min ao longo do dia inteiro. É um ótimo equipamento para coleta de dados da dieta e estresse (cortisol também aumenta açúcar no sangue), mas não é muito acessível. Idem realizar o DEXA, que é o mais confiável para medição do % de gordura. Se alguém pode fazer um DEXA a cada 2 meses, é um cenário ideal.


Já outros dados são fáceis de coletar. Dados da planilha do treino, macros da dieta. Se a pessoa come num prato, e não na mão, basta montar o prato em cima de uma balança e pronto. O mesmo vale para quentinhas que for levar para o trabalho.

Comer apenas no “olho” é complicado, afinal a disposição dos alimentos no prato, assim como o tamanho, cor e forma do mesmo afetam nossa percepção de quanto comida colocamos. Para um restaurante que funciona por quilo, um prato grande induz as pessoas a colocarem mais comida, pode ser interessante. Já num buffet um prato pequeno, com a mesma quantidade de comida, parece que sacia bem mais.


Outro fator que afeta também a percepção do nosso olho são as emoções. O conceito de treinar “pesado”, de forma abstrata, varia muito de acordo com a autoestima da pessoa. Uma pessoa com baixa autoestima pode usar pouca carga e volume e achar que faz muita coisa. Uma pessoa com muitas frustrações na vida pessoal e motivada por inveja/ódio pode exagerar demais no treino para tentar compensar algo que não está dando certo em outra área. Não se pode confiar apenas no subjetivo: DEVE-SE TOMAR NOTAS.


O mesmo vale para dieta: quem, após um dia estressante, pensa em comer algo leve, uma salada? Após um dia bem estressante, onde algumas coisas dão errado, é normal a pessoa pensar mais em pizza e cerveja. A percepção (estresse) pode funcionar como estímulo para alguns alimentos que vão reduzir a ansiedade (comidas bem calóricas e ricas em carboidrato para “acalmar”). A maioria das pessoas que surtam e comem de forma compulsiva por algumas horas fazem isso após algo que CRIA ANSIEDADE.


Para um trabalho melhor, seja de performance ou melhora na composição corporal, é imprescindível medir e tomar notas.




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